Política científica em debate

A SOPCOM – Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação vai representar Portugal no I Fórum Iberoamericano de Comunicação, nos dias 11, 12 e 13 de abril, em Quito, no Equador, para apresentar um estudo sobre política científica em Comunicação em Portugal. 

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Refletir sobre o percurso das Ciências da Comunicação como área de conhecimento é o principal objetivo deste Fórum constituído no ano passado em São Paulo, por iniciativa da CONFIBERCOM – Confederação Iberoamericana de Associações de Ciências da Comunicação. Estruturado em três eixos principais, este encontro tem o intuito de problematizar a pós-graduação, a publicação em revistas científicas e a política científica nesta área de conhecimento em particular.

A delegação portuguesa neste fórum vai apresentar os dados preliminares de um estudo que fez o levantamento das 148 teses de doutoramento defendidas nesta área em Portugal entre 1990 e março de 2012 e analisou os 15 cursos que atualmente conferem o grau de doutor em Comunicação nas universidades portuguesas. Estimando que estarão em preparação cerca de três centenas de dissertações, este relatório patrocinado pela SOPCOM – Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação revela ainda que, em 11 anos, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia financiou 75 projetos coletivos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico.

Com cursos de graduação de Norte a Sul do país (ainda que com especial concentração no litoral), quatro centros de investigação em Comunicação, pelo menos seis revistas científicas em papel (e oito online) e uma numerosa rede de jovens investigadores, o domínio das Ciências da Comunicação em Portugal é hoje, defendem os autores do relatório, um terreno fértil e de grande produtividade. Ainda assim, ao Equador os investigadores portugueses vão também apresentar os desafios que hoje se impõem ao campo: o desafio de auto-reflexividade e de afirmação no seio das ciências sociais e humanas; o desafio da sustentabilidade; o desafio da internacionalização e o desafio associativo.

Nota: sou coautora do relatório.