Entre os fornecedores e o que a casa gasta

No caso Freeport, eu passo. Depois de tantos anos de “campanhas negras” e “campanhas brancas” (Macau, Casa Pia, Felgueiras, Gondomar, Oeiras, Marco, SIRESP, Portucale, submarinos, e sei lá que mais), tudo é já cinzento e parece-me civicamente exigível evitar ir a jogo. Até porque ando pelos jornais há 40 anos e sei o que a casa gasta e que nem sempre gasta dos fornecedores mais sérios; e observo, de fora, a política e também vou sabendo o que a casa gasta. E porque, entre a liberdade de expressão e o direito ao bom nome (lembram-se do filme “A escolha de Sofia”?), escolho os dois.

Manuel António Pina, in JN, 4.2.2009

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