A Impala prepara-se para acabar com três revistas, entre as quais Mulher Moderna (1). Há dias, noticiava-se o fim – ou, pelo menos, a suspensão – do gratuito Sexta, fruto de uma iniciativa do Público e de A Bola. Que virá a seguir?
Num ano de agravamento drástico da crise, um dos sectores que mais se ressente, vital para a viabilidade dos media, é a publicidade. Ora essa fonte decisiva de recursos da economia das empresas mediáticas está a secar a um ritmo que alarma os gestores. Não só na publicidade de agência, mas inclusivamente nos classificados .
O único sector que dá sinal de uma agitação que chega a raiar o absurdo é o do marketing. Os jornais, em particular, desdobram-se em iniciativas paralelas, num esforço titânico de atrair os consumidores. É caso para perguntar o que significam, de facto, os dados ainda recentemente divulgados pela Marktest relativamente à circulação paga. Que quota desses números representa, efectivamente, a procura da informação? Por outras palavras: como poderão as empresas jornalísticas aguentar uma situação, em que estão, de facto, ainda que indirectamente, a subsidiar a compra dos seus produtos?
Neste quadro, as perspectivas que se desenham não são nada tranquilizadoras. E não é preciso ser adivinho para ver borrasca no horizonte.
(1) ACTUALIZ. (14.1): A Impala esclarece que não vai fechar as revistas referidas. Despede 15 pessoas, para salvar essas publicações !
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