Multiplicam-se os indicadores do declínio dos jornais. Os dados da circulação relativos ao ano de 2007, em Portugal, não desenham um panorama animador. Mas cada título continua a reagir à moda antiga. O exemplo porventura mais típico é o do Diário de Notícias. A leitura que faz dos dados da APCT é reveladora: “DN é o menos prejudicado em queda generalizada dos jornais“. Um pouco ao género do “diz o roto ao nu”.
As dificuldades não são certamente só nossas e sentem-se em diversas outras paragens. Ainda ontem o site da revista Editor & Publisher divulgava dados na Newspapers Association of America, segundo os quais a queda dos rendimentos publicitárias por parte da Imprensa dos EUA foi a pior dos últimos 70 anos.
Mas o que preocupa é que enquanto, noutros lados, os media e as respectivas associações lançam iniciativas e criam programas para procurar encontrar saídas, aqui parece optar-se por navegar à vista, à espera que em algum lado se descubra a varinha de condão que possa desanuviar ou redescobrir o futuro. Este é que, seguramente, não é o caminho.
Para reflectir sobre esta questão, duas sugestões recentes:
- Jeff Jarvis, Newspapers are f’ed, in Buzz Machine
- Eric Alterman, Out of Print: The death and life of the American newspaper, The New Yorker
- Jennifer Saba, Charting 4-Year Circ Plunge at Major Papers, in Editor&Publisher