O número de leitores, em Portugal, cresceu 58% na última década, segundo dados da Marktest, apresentados hoje no Público. É verdade que, como escreve Inês Nadais, a jornalista autora da peça, a informação disponível não nos diz (ainda) o que se anda a ler – isso virá em dois estudos mais aprofundados que serão conhecidos até ao Verão – mas o facto, em si mesmo, já é positivo, num país sobre o qual se costma dizer que “lê pouco”. E lê. Basta dizer que – e passamos para a metade meio vazia do copo – ainda não vamos além dos 37 por cento. Uma minoria, portanto.
[Critério utilizado pela Marktest: leitur de pelo menos um livro no mês anterior]
Os dados surpreendem os mais desatentos.
A questão é simples: dos 15 aos 17 e dos 18 aos 24, os jovens lêem porque a escola os obriga.
Se o critério fosse “leitura de pelo menos um livro no mês anterior, por iniciativa própria”, tenho a certeza de que os valores eram inferiores aos da maioria das restantes faixas etárias.