A Rádio na frequência da Web

Está já disponível o vol.20 (2011) da revista Comunicação e Sociedade, recolhendo textos em torno do futuro da rádio em ambiente digital.
Madalena Oliveira e Pedro Portela, os organizadores deste número, dizem no seu texto de apresentação:
Repensar a rádio no actual contexto de uma sociedade digital, ou mais especificamente no contexto da web, impõe que se repense a sua relação com a imagem, mas também, de um modo mais generalizado, os termos do seu contrato de escuta. Se é verdade que a emissão tradicional se mantém de alguma maneira na web – que nessa medida é apenas um novo dispositivo de escuta, um novo receptor do sinal radiofónico -, também o é que a oferta associada aos sítios das emissoras na Internet exige uma redefinição da sua relação com os ouvintes.
Mais detalhes aqui (esclarecimentos e encomendas através deste endereço)

“O mundo dos media depois dos casos Wikileaks e News of the World”

A atualidade do tema é evidente: que lições devem os media tirar do que se passou com o desvendamento de toneladas de documentos classificados de distintos governos pelo Wikileaks e pela divulgação dos esquemas de corrupção e minagem da sociedade democrática que levaram à queda do jornal britânico News of the World?

O assunto vai ser objeto de uma conferência internacional a ter lugar amanhã e depois na sede da UNESCO, em Paris, e pode ser acompanhada em direto pela Internet.

A conferência é organizada pelo World Press Freedom Committee (WPFC), em cooperação com o Sector da Comunicação e Informação da UNESCO e reúne, segundo a informação divulgada, “destacados representantes de meios de comunicação, jornalistas ‘cidadãos’ e profissionais, bem como juristas especializados em media”. O objetivo é “intercambiar opiniões sobre estas questões e discutir as boas práticas no jornalismo profissional tradicional e no jornalismo cidadão na era digital.

Estarão sobre a mesa dos debates temas como a liberdade de expresssão, de informação, a segurança nacional, a privacidade e a ética.Cerca de três dezenas de conferencistas e centena e meia de participantes de diferentes países (não nos pareceu haver participantes portugueses na lista de inscritos) procurarão responder às perguntas seguintes:

  • Como podem os jornalistas enfrentar a explosão maciça de dados em primera mão disponíveis na Internet?
  • Deveriam ser reequacionados o papel do jornalista e os seus padrões éticos e profissionais?
  • Como equacionar a relação entre “jornalismo cidadão” e o profissionalismo jornalístico tradicional?
  • Quais são os desafios para as leis nacionais e internacionais relacionadas com a privacidade, a segurança nacional, a ordem pública e a liberdade na Internet?
  • Qual o futuro das relações entre governos e meios de comunicação?

Para seguir a conferência via Internet: AQUI
Para consultar o horário e o programa: AQUI

(Créditos da imagem: News of the World/The New York Times)